segunda-feira, 20 de abril de 2015

Surtando

Estou surtando. É um cansaço eterno, mesmo se eu estiver sem fazer nada. É uma impaciência, mesmo quando está tudo certo. Um estresse constante, uma insatisfação, irritação. Minha mente está perturbadora: muitos pensamentos sem sentido, sem razão de ser e sem objetivos. É uma turbulência, daquelas que chacoalha tudo e tira tudo do lugar. Eu grito por dentro, de desespero.

Meu corpo reflete o desespero. Meu semblante muda, minhas palavras se tornam indesejáveis, minha atitude se torna desagradável. Torno tudo pior.

Preciso ir para outro lugar. Preciso fugir de tudo e de todos.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Preparativos

Já perceberam que sempre estamos nos preparando para tudo? Sempre estamos pensando no futuro, nos planejando, arrumando as coisas para aquilo que desejamos realizar.

Mas existem situações que acontecem de forma imprevisível, nos pegando desprevenidos. Pode ser qualquer coisa, uma despesa inesperada, uma doença que exija um tratamento mais caro, qualquer coisa. Porém, existem coisas que são muito maiores do que isso. Quer algo mais imprevisível que a própria morte? Acredito que não há nada mais fora de nosso controle do que a morte.

Então, se eu me preparar para ela será que poderíamos cogitar que eu estaria prevendo isso?

Esqueça suicídio. Ele é óbvio, planejado e previsível. Mas e um acidente de carro? Um ataque cardíaco fulminante ou um AVC?

Às vezes me pego pensando se isso um dia irá acontecer comigo. Às vezes sinto dores estranhas na cabeça e no peito e me apavoro pensando que eu poderia morrer a qualquer momento, deixando para trás um monte de sujeira.

Gostaria ao menos de limpar minha alma antes de partir. Tem muita sujeira cravada na minha alma. Existem coisas que eu não gostaria de mostrar a ninguém, coisas que eu não gostaria que vissem ou soubessem, pois fazem parte da minha alma, do meu ser. São meus pensamentos, meus sentimentos e muitas vezes não são bem interpretados pelas pessoas.

Eu só gostaria de ir sem medo de ser descoberta.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A solução

Não há mais reclamação. Minha boca já não reclama o que minha alma sofre.

Meu corpo não reclama mais. As dores físicas e emocionais, a indignação com o país que vivo, o ruído do vizinho ou da rua que teimam em incomodar, a música cantada repetidamente, o desperdício, a violência, o aumento dos impostos, o trânsito, a forma que você dirige, a forma como as outras pessoas dirigem, a comida cara, o lugar apertado, o valor do aluguel, do condomínio, a injustiça, a corrupção, tudo. Eu não reclamo mais.

Minha mente está vazia, meu corpo formigando, meus olhos fechando. Nada mais importa. Eu não reclamo mais.


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Reflexo da vida de casada

Mais de um ano sem postagem, que vergonha. Não por me preocupar que alguém acompanhe o blog, mas por deixar passar registros desse ano que se passou, cheio de coisas boas, outras nem tanto na nossa vida de casados.

Em um ano, foram muitos jantares românticos, aniversários surpresa, almoços em casa, finais de semana no clube, viagens, visitas em casa, nossa primeira viagem de férias e alguns probleminhas, um acidente de carro, brigas e desentendimentos, ciúmes, necessidade de economizar, etc.

Muitos, mas muitos fatos ficaram sem registro no blog. No entanto, continuam na memória. Talvez eu escreva sobre alguns deles. Mas por ora, deixo apenas um lembrete e uma bronca para mim, para voltar a registrar aqui.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

1º final de semana de fato!

Completamos 2 meses de apê e finalmente tivemos um final de semana digno!

O tempo simplesmente não passava (ainda bem!) e deu tempo de fazer tudo e mais um pouco.

Acredito que muito disso é reflexo de que estamos ficando craques em arrumar a casa sem quebrar muito a cabeça, além das coisas já estarem tendo o seu respectivo lugar - a era das caixas está para terminar!

Mas porque demorou 2 meses para termos um final de semana decente? Oras! Muitos compromissos preencheram nossos dias de sábado e domingo, entre dia dos pais e viagem, a situação estava ficando complicada.

Ficar em casa até me entediar! Este foi meu objetivo do final de semana...ainda não alcançado. Nunca pensei que iria curtir tanto ficar em casa, mas este tem sido o meu maior desejo, estar na minha casa.

Sentia falta de estar em casa com tempo para cuidar das coisas e aí, não teve jeito, a dona neura bateu forte! Cheguei a culpar tudo e todos pela falta de cuidados da casa, queria carregar o mundo nas costas, dar conta de tudo, casa, trabalho, família. E não dá! Não tem jeito. Tem coisa que tem que ficar para depois, para você não virar escrava da neura.

Crise controlada, consegui curtir mais a casinha, que agora neste final de semana já ganhou um sofá (não disse que o "findi" tinha rendido?), consegui até mesmo começar a pintar os quadros encomendados pela minha mãe. É tudo uma questão de equilíbrio, de dosar, de dividir. E ainda bem que tenho alguém para me sacudir quando Dona Neura chega.