
“Debaixo da máscara cada movimento se torna lento, sinto como se Lazzaro me possuísse e com ele uma vida inexplorada e inexplicável”. Amleto Sartori.
A história intrigante dos Sartori, que remonta ao período do pós-guerra (1945 – 47) nos faz admirar ainda mais o mistério encontrado nas máscaras teatrais. Uma arte que se aperfeiçoou ao longo dos anos através da tentativa, do erro e finalmente, alcançando os acertos.
As máscaras, que possuem em comum o material utilizado para sua confecção – o couro natural – transmitem mistério e expressividade. Mesmo nas máscaras neutras, onde o objetivo está intrínseco no nome, passa-se uma expressão de serenidade, calma ou até mesmo indiferença. Máscaras como o de Arlecchino já transmitem sensações de inquietude, medo e desconfiança ao espectador.
Poderíamos dizer que a predominância é o rosto humano, já que máscaras zoomórficas fogem ao padrão e nos remete à adequação feita por Donato para as exigências da sociedade contemporânea.
Ao mesmo tempo em que as máscaras possuem em comum a expressividade existente em cada uma delas, a diferença está exatamente nesta expressividade, como já dito antes, variando da neutralidade ao ódio.
Outro aspecto mágico e até mesmo assustador é a incorporação exigida por cada máscara ao ator. Como se tivessem vida própria, com seus medos, angústias, desavenças e amores, as máscaras podem ser receptivas ou totalmente hostis ao ator que tenta utilizá-las.
Talvez por isso, seja tão difícil encontrarmos algo genuíno nas suas interpretações, devido a esta história do personagem, que se mantém original onde quer que seja. Pois a máscara carrega um personagem com uma identidade.
Evoluindo do processo das máscaras, surgem as estruturas gestuais, que passam a ter um sentido criativo-comunicativo, retratando corpos e faces - como a própria escultura de Afrodite - que chocam pela própria técnica de se trabalhar o couro, com costuras largas que se assemelham a cicatrizes e quase uma releitura de esculturas pertencentes ao conhecimento popular como arte (David, de Michelangelo, por exemplo).
Dessa evolução surge ainda o conceito de mascaramento urbano, instalação com fibras policromadas que explora as áreas urbanas (praças, ruas, igrejas) e cria um ambiente participativo, onde o público é convidado a participar e assim, ter um encontro com dois conceitos antigos na história do homem – rito e festa. Com isso, o mascaramento urbano torna-se uma ação lúdica, utilizando-se de som, gestos e imagens como elementos que propõem uma inovação na utilização dos espaços urbanos, onde o público torna-se ator e, portanto, participa de um novo rito.
A história intrigante dos Sartori, que remonta ao período do pós-guerra (1945 – 47) nos faz admirar ainda mais o mistério encontrado nas máscaras teatrais. Uma arte que se aperfeiçoou ao longo dos anos através da tentativa, do erro e finalmente, alcançando os acertos.
As máscaras, que possuem em comum o material utilizado para sua confecção – o couro natural – transmitem mistério e expressividade. Mesmo nas máscaras neutras, onde o objetivo está intrínseco no nome, passa-se uma expressão de serenidade, calma ou até mesmo indiferença. Máscaras como o de Arlecchino já transmitem sensações de inquietude, medo e desconfiança ao espectador.
Poderíamos dizer que a predominância é o rosto humano, já que máscaras zoomórficas fogem ao padrão e nos remete à adequação feita por Donato para as exigências da sociedade contemporânea.
Ao mesmo tempo em que as máscaras possuem em comum a expressividade existente em cada uma delas, a diferença está exatamente nesta expressividade, como já dito antes, variando da neutralidade ao ódio.
Outro aspecto mágico e até mesmo assustador é a incorporação exigida por cada máscara ao ator. Como se tivessem vida própria, com seus medos, angústias, desavenças e amores, as máscaras podem ser receptivas ou totalmente hostis ao ator que tenta utilizá-las.
Talvez por isso, seja tão difícil encontrarmos algo genuíno nas suas interpretações, devido a esta história do personagem, que se mantém original onde quer que seja. Pois a máscara carrega um personagem com uma identidade.
Evoluindo do processo das máscaras, surgem as estruturas gestuais, que passam a ter um sentido criativo-comunicativo, retratando corpos e faces - como a própria escultura de Afrodite - que chocam pela própria técnica de se trabalhar o couro, com costuras largas que se assemelham a cicatrizes e quase uma releitura de esculturas pertencentes ao conhecimento popular como arte (David, de Michelangelo, por exemplo).
Dessa evolução surge ainda o conceito de mascaramento urbano, instalação com fibras policromadas que explora as áreas urbanas (praças, ruas, igrejas) e cria um ambiente participativo, onde o público é convidado a participar e assim, ter um encontro com dois conceitos antigos na história do homem – rito e festa. Com isso, o mascaramento urbano torna-se uma ação lúdica, utilizando-se de som, gestos e imagens como elementos que propõem uma inovação na utilização dos espaços urbanos, onde o público torna-se ator e, portanto, participa de um novo rito.
Mesmo perdendo o formato original (teatral), esta evolução da “máscara” (gestual e urbana) continua próxima do que há em comum nelas: a reflexão. Sobre o personagem incorporado por cada escultura, cada máscara e cada cidade. Pergunto, então, qual a máscara que você veste?
Para saber ainda mais, há uma exposição na Caixa Cultural de Brasília que vai até dia 26 de abril de 2009.
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