sábado, 8 de maio de 2010

Do lado de fora...

O que fazemos quando a pessoa que mais deveria nos amar nesta vida nos detesta?

No coração das pessoas cabem, ao mesmo tempo, dois sentimentos distintos: amor e ódio pela mesma pessoa.

Estranho? Não, normal. Extremamente normal. Até porque o amor e o ódio se complementam nas suas funções de se ofertar carinho e educar.

Simples é aceitar esta verdade. Difícil é viver esta realidade. Às vezes penso que não tenho mãe, mas não quero pensar que também não tenho pai. Não faço por merecer as coisas que recebo? Sou apenas hóspede em minha casa? Colocar um prato na mesa vai mudar alguma coisa?

Minha mãe só me faz sofrer. Só me faz sentir culpa, pena e raiva de mim e dela. Não quero sentir mais isso, e sequer queria sentir este tipo de coisa. Acho que os filhos deveriam sair de casa mais cedo. Assim quem sabe, teriam mais amor que ódio. EU deveria sair de casa. Não gosto de me sentir mal no lugar onde moro.

2 comentários:

  1. Oi, Fabiana.
    Passei por isso por muito tempo, foi extremamente doloroso, ainda restam alguns poréns na minha cabeça até, mas sair de casa foi fundamental. Tudo era motivo de briga, desde os meus 7 anos de idade; pra piorar, tinha uma irmã que era "endeusada", que minha mãe assumidamente usava para me afetar, para me comparar. A sensação de derrota, não importava o que eu fizesse, não importava as notas que eu tirava ou o trabalho que fazia, era enlouquecedora.
    Está fazendo um ano que saí do meu estado e vim pra SP. Tenho 23 anos. Tinha um namorado paulista, mas não conseguíamos ficar juntos por causa da perseguição dela. Eu estava prestes a alugar uma vaga numa pensão, quando ele me chamou para tentar a vida aqui. Enfrentamos dificuldades, sim, mas unidos; nada a ver com aquela sensação de aniquilamento. Estamos casados, trabalho num site bem conceituado, ele tem a própria empresa dele. Hoje entendo que minha mãe é doente e se sentia ameaçada por mim, graças a um distúrbio de humor. Ela não aceita se tratar e continua destruindo a vida do meu pai e da minha irmã (mais velha). É triste, mas não posso tirá-los de lá... Eles não sabem que podem ser felizes independentemente daquilo. Têm dinheiro, mas não têm confiança em si mesmos.
    Romper as amarras é muito importante. Não deixe que nada obscureça seus objetivos. Faça planos, corra atrás. A liberdade vem e compensa a ausência de amor, tenha certeza.
    Tudo de melhor pra você,
    Cintia

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  2. Cintia, obrigada pelo comentário. Tudo nesta vida serve de aprendizado, mesmo que elas não sejam tão boas, não é mesmo?

    Tudo de bom para você!

    bjos

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