sábado, 24 de abril de 2010

Lugar comum

Ainda vejo o casal caminhando pela Asa Sul conversando sobre a vida.

Ainda vejo aquele homem sentado no concreto da estação do metrô esperando o táxi, enquanto a menina se despedaçava por dentro.

Ainda vejo a menina sentada no meio-fio que envolve a árvore do estacionamento com um ar preocupado e prevendo o que viria acontecer dentro de poucos minutos.

Ainda vejo a menina na calçada pedindo um último beijo.

Ainda vejo a menina sentada no banco do seu prédio chorando.

Ainda vejo os dois sentados na praça central vendo uma criança dançar ao som dos músicos da rua.

Ainda vejo aquele homem em meus sonhos.

Ainda vejo dor, sofrimento e tristeza nos lugares que passo.

O que mudou? O caminho a seguir, ou seja, desviar desses lugares.

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